Falta de soro é problema
Os soros antivenenos ainda são feitos utilizando um método que não mudou por mais de um século. Animais grandes, tipicamente cavalos, são injetados com pequenas quantidades de proteínas purificadas extraídas de veneno de cobra, e isso induz a produção de anticorpos. O plasma do animal contendo estes anticorpos é então dado às vítimas de acidentes ofídicos.
Mas este tratamento salva-vidas é limitado em aspectos importantes. Cada antiveneno é eficaz contra apenas uma única espécie ou, no máximo, um pequeno grupo. E esses soros devem ser mantidos sob refrigeração, o que é um grande problema em países tropicais pobres sem eletricidade.
Para piorar, o número de empresas farmacêuticas que fazem antivenenos está em declínio, porque esses soros não são muito rentáveis. Em 2010, por exemplo, a gigante farmacêutica Sanofi de Paris, parou a produção do soro antiveneno Fav-Afrique, que é projetado para tratar mordidas de serpentes africanas.
(mais…)
Tags:
AnimaisanticorpocobraGeneSoroveneno
Um anticorpo é uma proteína produzida pelo sistema imunológico que reconhece a aparência de um vírus e se liga nele. Essa ligação tem duas consequências importantes. A primeira é que o vírus não funciona mais direito com o anticorpo grudado nele. A segunda é que o vírus fica mais visível para que células do sistema imunológico o encontrem e o destruam.
O anticorpo funciona como um sinalizador, marcando o lugar em que a “polícia” do organismo deve ir! O novo anticorpo foi capaz de proteger macacos contra uma dose letal de Ebola, até 5 dias após serem infectados com o vírus. Essa descoberta, foi publicada na revista Science desta semana. Mas ainda há incertezas sobre o quão efetivo esse tratamento pode ser na prática. Isso porque é relativamente provável que o vírus sofrerá uma mutação, fazendo com que o anticorpo não seja mais capaz de “enxergar” esse vírus.
(mais…)
Tags:
AnimaisAntibióticoanticorpoEbolaInfecçãoSorovacina
Colesterol resistente
As estatinas são hoje os medicamentos de maior uso para controlar o colesterol no sangue, pois além de mais eficientes, causam menos efeitos colaterais. Porém, muitos pacientes, mesmo recebendo doses elevadas de estatinas, não conseguem a redução recomendada do LDL-C (o colesterol ruim) no sangue, e precisam adicionar outros medicamentos ao tratamento, como ezetimiba, niacina ou fibratos. A grande novidade agora é que um estudo clínico mostrou que um biofármaco, o anticorpo evolocumab, em associação com estatinas, foi muito mais eficiente em reduzir o LDL-C.
(mais…)
Tags:
anticorpoaterosclerosebiofármacocolesterolcoraçãoHDLLDL