Anti-inflamatórios podem anular o efeito dos remédios para pressão arterial

19/07/2012 14:35

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Baixando a pressão

Quando mudanças na alimentação e exercícios não resolvem, vários tipos de medicamentos são usados para baixar a pressão do sangue (hipertensão arterial). Podemos dividi-los em 4 grandes grupos: os diuréticos, os beta-bloqueadores, os vasodilatadores e os anti-hipertensivos de ação no cérebro. Os diuréticos aumentam o volume de urina e, jogando água para fora, o volume do sangue diminui um pouco e a pressão abaixa. São medicamentos de poucos efeitos colaterais e são baratos. Os beta-bloqueadores fazem diminuir os batimentos e a força do coração, e os diferentes tipos de vasodilatadores, fazem o sangue fluir mais facilmente pelas artérias. Os anti-hipertensivos que agem no cérebro, fazem estas duas coisas juntas, diminuem os batimentos e fazem vasodilatação.

Os mais usados

Hoje em dia os medicamentos mais prescritos para o controle da pressão são o captopril (um tipo de vasodilatador) e a hidroclorotiazida (um diurético). Na prática porque apresentam bons resultados e tem poucos efeitos colaterais. O captopril é vasodilatador porque inibe a produção no sangue de uma substância que estrangula as artérias, chamada angiotensina. Além disso, o captopril diminui a produção no rim do hormônio chamado aldosterona, que é antidiurético. Temos assim vasodilatação e maior eliminação de água do sangue, baixando a pressão.

Combinação perigosa

Quem usa remédio para pressão deve ter cuidado com o uso de anti-inflamatórios. Eles podem elevar a pressão arterial, cortando o efeito dos remédios para pressão. Mais grave ainda, essa combinação pode fazer os rins pararem de funcionar temporariamente, piorando os problemas cardiovasculares. Nesses casos, deve-se consultar um médico antes de tomar anti-inflamatórios de qualquer tipo.

Drogas calmantes e o álcool podem causar amnésia

05/07/2012 18:41

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As nossas memórias

Existem basicamente dois tipos gerais de memória: a implícita (que envolve comportamentos automatizados como movimento, postura, andar de bicicleta, etc.) e a memória explícita. Esta última pode, ainda, ser subdividida em memória operacional, que funciona enquanto estamos realizando determinada tarefa e é logo apagada (p. ex. ao ler um número na lista e digitarmos no telefone) e em memórias de maior duração, que usamos para armazenar uma matéria da escola ou situações associadas a uma emoção forte, boa ou ruim.

Drogas que apagam memórias

Drogas calmantes como os benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, etc.), ou mesmo o álcool, provocam amnésia anterógrada, isto é, vão prejudicar as memórias que estão em formação, interferindo nos processos de aquisição e consolidação de informações que vão se transformar em memórias mais duradouras. É por isso que certas pessoas não se lembram do que fazem quando estão bêbadas. Mas estas drogas não conseguirão apagar memórias já adquiridas. Ainda não inventaram uma droga que apague um trauma emocional sofrido, ou para curar a fossa. Porém, estas drogas podem temporariamente diminuir as reações emocionais ligadas às memórias negativas, como no desempenho de tarefas que envolvam perigo ou medo. Por isso, em casos graves de ansiedade e medo, estes medicamentos podem ser úteis.

Não abuse, enfrente o problema!

Usar calmantes como benzodiazepínicos, ou mesmo uma bebidinha, antes de fazer uma entrevista para um emprego, ou uma prova importante na escola, para diminuir a ansiedade, pode ter o efeito contrário ao desejado, pois a pessoa pode não lembrar de coisas importantes que estudou na véspera.

Camundongos salva-vidas

21/06/2012 14:25

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Uma chave, muitas fechaduras.

Já falamos, nessa coluna, que os medicamentos são como chaves que se encaixam em fechaduras específicas no organismo, ligando ou desligando certas funções das células, para que ocorra o tratamento de uma doença, ou da dor, ou de uma alergia, por exemplo. Mas acontece que essa maneira de conseguir modificar as funções do organismo para tratarmos as doenças, tem um problema. É difícil conseguir fazer uma chave que só sirva em uma fechadura! Geralmente, uma chave funciona em várias fechaduras. Nas que a gente quer, e em muitas que a gente não quer, causando os efeitos colaterais de um remédio.

Camundongos salva-vidas.

Os cientistas estão usando a capacidade que os animais tem de produzir anticorpos específicos contra venenos, bactérias e vírus, para fazerem remédios melhores. Como o sistema imunológico de camundongos é muito parecido com o nosso, estes animais são empregados para produzirem os anticorpos que serão usados como medicamento. Substâncias que são produzidas, por exemplo, nas articulações inflamadas de uma pessoa com artrite, ou por células cancerosas, são injetadas em camundongos de laboratório, que passam a produzir anticorpos contra estas substâncias. Um processo de purificação permite concentrar grandes quantidades destes anticorpos para que posteriormente eles possam ser aplicados em pessoas doentes.

Novos tratamentos

Desta maneira, medicamentos mais efetivos e com menos efeitos colaterais estão sendo produzidos para tratar doenças inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide, além de vários tipos de câncer, e muitas outras doenças crônico-degenerativas. Dando muito mais esperança de cura e qualidade de vida para as pessoas.