Extrato de planta dá esperança para o tratamento de problemas motores em crianças

06/03/2014 15:00
O bebê flácido
A atrofia muscular espinhal (AME) é causada por uma alteração genética que leva à degeneração dos nervos motores localizados na medula espinhal. Também conhecida como síndrome do bebê flácido, a AME afeta 1 em cada 10 mil nascimentos — aproximadamente metade das crianças com a forma mais severa morre antes de completar dois anos de idade.

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Tags: Atrofia MuscularFitofármacoGene

Extrato de soja e cogumelos shitake no combate ao câncer de próstata metastático.

20/02/2013 18:37

Um produto natural chamado polissacarídeo combinado com genisteína, ou GCP, que está disponível no mercado em farmácias e lojas de produtos naturais, pode ajudar a aumentar a expectativa de vida de certos pacientes com câncer de próstata, afirmam pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis (UCDavis, CA).

Homens com câncer de próstata que se espalhou para outras partes do corpo, conhecido como câncer metastático, e que utilizam medicação para baixar a testosterona, são os mais indicados para se beneficiarem. O estudo, recentemente publicado no jornal Endocrine-Related Câncer, foi realizado em células cancerosas e em camundongos.

Abaixar os níveis sanguíneos de testosterona, também conhecido como terapia de privação de testosterona, é há muito tempo o padrão para o tratamento de paciente com câncer de próstata metastático, mas a expectativa de vida varia muito para aqueles que se submetem a esse tratamento.

Estes achados sugerem que a terapia com GCP é uma forma de estender a expectativa de vida de pacientes com baixa resposta à terapêutica de privação de testosterona.

A pesquisa focou no GCP, um extrato patenteado de soja e cogumelos shitake e comercializado pela Amino-Up (Sapporo, Japão). Os pesquisadores viram que a combinação dos compostos genisteína e daidzeína, os dois presentes no GCP, ajuda a bloquear um mecanismo chave usado pela célula do câncer de próstata para sobreviver durante a privação de testosterona.

Os pesquisadores tinham mostrado antes que quando os níveis de testosterona do paciente baixam, as células cancerosas da próstata eliminam uma proteína chamada filamina A, que normalmente está liga o receptor de androgênio no núcleo da célula. O receptor de androgênio regula o crescimento das células do câncer de próstata. Quando a filamina A deixa o núcleo das células cancerosas, ela não mais precisa do androgênio para sobreviver. Assim, a perda da filamina A permite que essas células sobrevivam à privação androgênica, e o câncer se torna incurável.

O tratamento com GCP mantém a filamina no núcleo da célula e, enquanto ela estiver ligada ao receptor de testosterona, a célula precisará deste hormônio para sobreviver e crescer. Assim, elas morrem quando o organismo é mantido com baixos níveis de testosterona e isso prolonga a vida do paciente. A hipótese da equipe é que os pacientes com câncer metastático de próstata com a resposta mais fraca ao tratamento de privação de androgênio, poderiam receber o GCP juntamente com este tratamento padrão, aumentando assim sua eficácia. A equipe está agora arranjando fundos para iniciar o primeiro teste clinico. Uma vez que o GCP é um produto natural e não uma droga sintética, esse estudo requer menos burocracia para sua aprovação. “ Nos devemos saber dentro dos primeiros 8 meses, mais ou menos, com o teste em humanos, se o GCP funciona para diminuir os níveis de PSA, “ afirmam os pesquisadores. O PSA é um marcador sanguíneo que indica a presença de câncer de próstata. Um exame de sangue com altos níveis de PSA indica a presença de câncer na próstata. “Nós queremos ver até 75% dos pacientes com câncer de próstata apresentarem níveis de PSA diminuídos, e o GCP promete fazer isso.”

Fonte eurekalert.com
Tags: CâncerFitofármacoMetástasePróstataShitakeSoja

Nanoencapsulamento do chá verde é promessa no combate ao câncer

23/08/2012 11:41

A vetorização de um composto do extrato de chá verde pode ser uma nova arma no combate ao câncer, de acordo com uma pesquisa recém publicada da Universidade de Strathclyde em Glasgow (Escócia).

O composto, conhecido como galato de epigalocatequina, mostrou ter propriedades de prevenir o câncer, mas falhou em atingir os tumores quando administrado por via intravenosa.

No entanto, em testes laboratoriais iniciais das Universidades de Strathclyde e Glasgow, os investigadores utilizaram uma abordagem que permitiu entreguar o tratamento especificamente aos tumores, após a administração intravenosa. Quase dois terços dos tumores ou encolheram ou desapareceram dentro de um mês e o tratamento não apresentava sinais de efeitos colaterais para os tecidos normais.

Acredita-se  ser a primeira vez que este tipo de tratamento foi capaz de fazer tumores cancerígenos encolher ou desaparecer.

Nos testes, em dois tipos diferentes de câncer da pele, 40% de ambos os tipos de tumor desapareceu, enquanto que 30% de um e 20% de um outro encolheram. Além disso, cerca de 10% de cada tipo teve o crescimento estabilizado.

Os pesquisadores encapsularam o extracto de chá verde em vesículas que também carregam a transferrina, uma proteína plasmática que transporta o ferro através do sangue. Os receptores de transferrina são encontrados em grandes quantidades em muitos canceres.

A Dra. Christine Dufès, conferencista sênior do Instituto Strathclyde de Farmácia e Ciências Biomédicas, liderou a pesquisa. Ela disse: “São resultados muito encorajadores, que esperamos que venham  abrir caminho para  tratamentos novos e eficazes para o câncer.”

“Quando utilizamos o nosso método, o extracto de chá verde reduziu o tamanho da maioria dos tumores a cada dia e, em alguns casos, causou a remoção completa deles. Em contraste, o extrato não teve nenhum efeito quando foi administrado por outros meios, pois estes tumores continuaram a crescer.

“Esta pesquisa pode abrir portas para novos tratamentos para o que ainda é uma das doenças que mais mata em muitos países.”

A pesquisa foi publicada na revista Nanomedicina.

Fonte: Eurekalert.org
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