Uso indiscriminado de antibióticos pode aumentar o risco de desenvolver artrite juvenil

23/07/2015 15:20

Inflamação crônica das juntas e olhos

Não temos dados precisos no Brasil, mas entre 4 mil e 10 mil crianças de até 16 anos são diagnosticadas com artrite juvenil todo ano nos Estados Unidos, o que dá uma taxa de cerca de 1 caso para cada 32 mil habitantes por ano. A artrite juvenil é uma forma de artrite reumatoide e envolve a inflamação crônica das juntas e olhos que pode levar a dor, perda da visão e incapacitação.
Fatores genéticos explicam somente ¼ desses casos nos jovens, o que significa que outros fatores também podem ter um papel importante no aparecimento da doença, e os antibióticos pode ser um deles. Isso é o que mostra um estudo da Universidade Rutgers e da Universidade da Pensilvânia, EUA, publicado essa semana na revista Pediatrics. Tomar antibióticos parece aumentar o risco de que uma criança desenvolva artrite juvenil.

(mais…)

Tags: AntibióticoArtriteAuto-imuneInflamação

Novo tratamento para a artrite reumatoide poderá baratear o custo por paciente no SUS

13/11/2014 08:49

Foto: Andréa Graiz / Agencia RBSUma nova combinação de drogas para a artrite reumatoide trata a doença tão bem como outras estratégias de tratamento intensivo, mas com menos medicação e menos efeitos colaterais, e a um custo significativamente mais baixo.
Pesquisadores do Hospital Universitário de Leuven (Bélgica) descrevem essa combinação em um estudo publicado na revista Annals of Rheumatic Diseases. A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica, que causa a dor e rigidez nas articulações, fadiga, danos ósseos e, eventualmente, a perda de mobilidade. A AR atinge cerca de 0,5% a 1% das pessoas no mundo ocidental.
No Brasil estima-se que 1 milhão de pessoas convivam atualmente com a doença. Por não haver cura para a AR, os médicos concentram o tratamento nos sintomas da doença. As terapias têm melhorado nos últimos anos, e os estudos clínicos mostram que o tratamento intensivo precoce da AR pode prevenir lesões articulares e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

(mais…)

Tags: AnalgésicoAuto-imunecorticoideInflamaçãoLeflunomidametotrexato

Histamina é novo alvo para criação de drogas contra a esclerose múltipla

15/12/2011 11:59

 

Histamina pode ser uma molécula importante para o desenvolvimento de novos tratamentos para esclerose múltipla. A descoberta é de pesquisadores do Neurological Institute Foundation Carlo Besta em Milão, na Itália.

No estudo, os cientistas analisaram o papel da histamina em um modelo animal de esclerose múltipla e descobriram que a histamina desempenha um papel crítico na prevenção e na redução dos efeitos da doença.

“Esperamos que nosso estudo ajude a desenhar novas terapias para doenças auto-imunes e em particular a esclerose múltipla, para as quais ainda não existe uma cura definitiva”, disse a pesquisadora Roseta Pedotti.

A histamina é um neurotransmissor envolvido nas reações alérgicas e outros processos fisiológicos e patológicos. É mais conhecida pelo papel que desempenha nas reações de hipersensibilidade, como alergias, e geralmente trabalha dilatando os vasos sanguíneos e tornando as paredes dos vasos permeáveis para que as células do sistema imunológico possam se mover mais facilmente.

Os cientistas estudaram os efeitos diretos da histamina e de duas moléculas semelhantes que se ligam especificamente sobre os receptores de histamina 1 ou 2. Usando um modelo de rato com esclerose múltipla os investigadores geraram linfócitos T causadores de esclerose e, em seguida, trataram essas células com histamina ou com as duas outras moléculas.

Os efeitos desses tratamentos foram avaliados através da análise da função da célula T, incluindo proliferação, produção de citocinas, ativação de vias de sinalização intracelular e adesão a vasos cerebrais.

Os resultados mostraram que a histamina reduziu a proliferação de linfócitos T auto-reativos da mielina e a produção de interferon-gama, uma citocina essencial implicada na inflamação do cérebro e na desmielinização. Além disso, a histamina reduziu a capacidade linfócitos T auto-reativos da mielina para se aderir a vasos cerebrais inflamados, um passo crucial para o desenvolvimento de esclerose múltipla.

“Esta pesquisa é muito interessante por várias razões. Primeiro, ela aponta para a conexão inesperada entre os caminhos envolvidos na auto-imunidade e na alergia e sugere ligações não reconhecidas anteriormente entre esses diferentes tipos de respostas imunes. Em segundo lugar, como estender os estudos em modelos animais para humanos é mais trabalhoso, esses dados apontam substancialmente para um novo alvo potencial para medicamentos contra a esclerose múltipla, doenças auto-imunes e doenças do sistema nervoso central “, observou John Wherry, vice-editor do Journal of Leukocyte Biology, onde o estudo foi publicado.

Tags: Auto-imuneEsclerose múltiplaHistaminaInflamação
  • Página 2 de 2
  • 1
  • 2