Overdose de paracetamol é a principal causa de insuficiência hepática aguda

31/05/2012 23:52

Consumo exagerado de paracetamol
Muitas pessoas correm o risco de acidentalmente tomar overdose de medicamentos para dor vendidos sem receita, segundo um novo estudo publicado pelo Dr. Michael Wolf, da Universidade Northwestern, em Chicago (EUA). Nos EUA, usa-se regularmente medicação para a dor que contém paracetamol, a medicação para a dor mais usada lá e, provavelmente, também aqui no Brasil. O paracetamol é consumido sozinho ou em combinação com outras drogas, como nos antigripais. É preocupante, pois overdose de paracetamol é a principal causa de insuficiência hepática aguda.

O estudo
Wolf e seus colegas entrevistaram 500 pacientes adultos. Mais da metade dos pacientes relataram algum uso do paracetamol e 19% eram “usuários pesados”, ou seja, tinham tomado quase todos os dias, nos 6 meses anteriores. Avaliaram se os pacientes sabiam qual era a dose máxima diária do paracetamol, e se respeitavam o limite. Também testaram qual era o risco destes pacientes tomarem dois produtos diferentes contendo paracetamol, sem saber. Quase 25% dos participantes estavam em risco de overdose da medicação, por excederem a dose de 4 gramas por dia, e 5% cometeu erros graves por tomarem mais de 6 gramas. Além disso, quase metade estavam em risco de overdose por consumirem sem saber dois produtos que contém paracetamol.

Conclusões
Os autores concluíram que muitos consumidores não sabem qual é o ingrediente ativo em medicamentos para a dor de venda livre, nem respeitam as instruções das bulas. Devido ao grande risco de intoxicação e a falta de aconselhamento aos consumidores, os pesquisadores acreditam que isso seja uma ameaça grave de saúde pública.

Azitromicina e risco cardíaco

24/05/2012 12:51

[FAC-SÍMILE DO ORIGINAL]

Cuidados com a Azitromicina

Um antibiótico muito utilizado hoje em dia é a azitromicina, as pessoas gostam de utilizá-la por que precisam tomar menos doses e menos vezes por dia. A azitromicina pertence a um grupo de antibióticos chamados de macrolídeos. Nesse grupo temos também a eritromicina, a claritromicina. Estes antibióticos podem causar sérios problemas de arritmia no coração, que podem ser fatais. Um estudo publicado este mês na revista The New England Journal of Medicine, mostra que embora a azitromicina ofereça menor risco para o coração, quando comparada a eritromicina e a claritromicina, ainda assim ela oferece maior risco que outros antibióticos, não-macrolídeos, como a amoxicilina e a ciprofloxacina (muito usada em infecções no trato gênito-urinário).

Combinação perigosa

Esse estudo revela que o perigo de arritmias fatais usando azitromicina, é maior em pacientes que estejam em um grupo de risco maior para apresentar algum tipo de doença cardiovascular. Ou seja, pessoas que tenham pressão arterial elevada, aterosclerose, sopro no coração, são exemplos desses grupos de risco.

Evitar auto-medicação

Em geral a auto-medicação com antibióticos acontece nos casos de infecções respiratórias associadas a gripes e resfriados, não é difícil encontrar pessoas combinando esses antibióticos com antialérgicos. Muitos destes também afetam o coração e podem causar arritmias em pessoas mais sensíveis. Somente um bom médico pode avaliar os riscos de associar estes antibióticos com outros medicamentos que podem afetar o coração.

Um terço dos medicamentos de malária são falsos, sugere estudo

22/05/2012 16:31

Mosquito (arquivo/PA)Dados compilados por pesquisadores dos Estados Unidos sugerem que um terço dos medicamentos usados no mundo para o tratamento da malária são falsificados.

Após examinar 1.500 amostras de sete medicamentos de sete países no sudeste da Ásia, os cientistas constataram que comprimidos de baixa qualidade ou falsos estão gerando resistência aos medicamentos e também o fracasso dos tratamentos.

Eles também examinaram dados coletados em 21 países da África sub-saariana, incluindo mais de 2.500 amostras de medicamentos, mostraram resultados parecidos.

Mas, os pesquisadores do Centro Internacional Fogarty, no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, acreditam que o problema pode ser ainda maior do que o que os dados sugerem.

“A maioria dos casos, provavelmente, é relatada para agências erradas ou mantida em segredo pelas companhias farmacêuticas”, afirmaram os pesquisadores, que alertam que nenhum grande estudo sobre a qualidade dos medicamentos chegou a ser realizado em países como a China e a Índia, países que sediam um terço da população mundial e são a fonte “provável” de muitos dos medicamentos falsificados e também dos medicamentos verdadeiros, segundo os pesquisadores.

O artigo foi publicado na revista especializada The Lancet Infectious Diseases.

Riscos de malária

O pesquisador que liderou o estudo, Gaurvika Nayyar, destacou que 3,3 bilhões de pessoas correm o risco de contrair malária, a doença que já foi classificada como endêmica em 106 países.

“Entre 655 mil e 1,2 milhão de pessoas morrem todos os anos devido à contaminação pelo Plasmodium falciparum (parasita causador da malária)”, disse.

“Grande parte desta mortalidade pode ser evitada se todos os remédios disponíveis para os pacientes fossem eficazes, de alta qualidade e usados corretamente.”

Os pesquisadores afirmaram que, em partes do mundo com predominância de malária, os medicamentos contra a doença são distribuídos em larga escala e receitados tanto de forma correta como incorreta.

O estudo também mostrou que as instalações para monitorar a qualidade dos medicamentos para malária são insuficientes e os consumidores e profissionais de saúde sabem pouco a respeito das terapias disponíveis.

Além disso, há poucas regras para fiscalizar a fabricação dos remédios e punição leve para os falsificadores.

Apesar de tudo isto, as taxas de mortalidade pela malária registraram uma queda de mais de 25% no mundo todo desde o ano 2000.

Mas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que manter as atuais taxas de progresso não será o bastante para alcançar as metas globais de controle da doença e pede por mais investimentos para o diagnóstico, tratamento e vigilância.

fonte: BBC Brasil
Tags: falsomaláriaOMS