Selante de colmeia de abelhas pode ser novo tratamento para perda de cabelos

08/01/2015 17:49

17149061A perda de cabelo pode ser uma condição terrível para os milhões de homens e mulheres que o vivenciam. Agora os cientistas estão relatando que uma substância retirada de colmeias de abelhas pode ser a base para o desenvolvimento de uma nova terapia para alguns tipos de calvície. Eles descobriram que o material, chamado própolis, estimulou o crescimento do pelos em camundongos. O estudo aparece no Journal of Agricultural and Food Chemistry.


Uma questão cabeluda

Os pesquisadores observam que a própolis é um material resinoso, que as abelhas usam para selar pequenas buracos em suas colmeias. Isso não só funciona como uma barreira física, mas também contém compostos ativos que combatem fungos e invasões bacterianas. Nos tempos antigos, as pessoas já tinham notado as propriedades especiais do própolis e o usaram para o tratamento de tumores, inflamações e feridas.

Mais recentemente, pesquisas mostraram que a substância promovia o crescimento de certas células envolvidas no crescimento dos cabelos, embora nenhuma testou se o própolis conseguiria realmente formar novos cabelos. No estudo de agora, os cientistas resolveram desafiar a questão.

O poder das abelhas

Quando os pesquisadores testaram a própolis em camundongos que tinham sido depilados à cera, os animais que receberam o tratamento apresentaram crescimento de sua pelagem mais rápido do que aqueles que não receberam. Os cientistas também notaram que, após a aplicação tópica, o número de células específicas envolvidas no processo de crescimento do cabelo aumentou.

Embora eles testaram o material em camundongos normais depilados, em vez de animais realmente carecas, os pesquisadores argumentam que as condições de perda de cabelo muitas vezes é resultado de um tipo de inflamação no couro cabeludo

O própolis contém compostos anti-inflamatórios, por isso eles acreditam que poderá ajudar ao menos alguns tipos de calvície. Eles acrescentam que é necessário mais testes para ver se o material também afeta os folículos capilares humanos.

 

Carlos Rogério Tonussi

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