Esperança na cura do mieloma múltiplo em novos agentes derivados da talidomida | Pílulas de Saber – Hora

03/01/2013 11:11

O Mieloma Múltiplo (MM) é um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea, devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas, ou plasmócitos. Embora seja mais comum em pacientes idosos, há cada vez mais jovens desenvolvendo a doença.

Os plasmócitos, embora sejam importantes para a produção de anticorpos, quando em número aumentado no MM, causam degeneração óssea progressiva semelhante a uma osteoporose severa. Isso causa muita dor e fraturas espontâneas, que são os primeiros sintomas que aparecem. A talidomida vem sendo usada desde 2006 para o tratamento dessa doença.

Vencendo preconceitos

Lançada em 1957 como remédio para dormir e controlar o enjoo matinal em gestantes, a talidomida foi retirada do mercado em 1962, após ser responsabilizada por uma série de casos de má-formação fetal. Como qualquer fármaco imunomodulador, essas drogas não podem ser utilizadas em mulheres grávidas. No entanto, logo surgiram evidências de que seria útil em outros tipos de doenças inflamatórias e até no câncer.

Desde 1965, a talidomida vem sendo usada na lepra e, mais recentemente, mostrou ser muito eficaz no tratamento do MM. Novas drogas semelhantes à talidomida, como a lenalidomida e a pomalidomida, são alternativas importantes quando o paciente não tolera bem a talidomida, porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não liberou a lenalidomida para uso no Brasil.

Testes em animais

A tragédia com a talidomida ajudou a reforçar os protocolos de segurança no desenvolvimento de novos medicamentos, aumentando muito a importância dos testes em animais, antes do uso em humanos.

Tags: Câncertalidomida

Nanoencapsulamento do chá verde é promessa no combate ao câncer

23/08/2012 11:41

A vetorização de um composto do extrato de chá verde pode ser uma nova arma no combate ao câncer, de acordo com uma pesquisa recém publicada da Universidade de Strathclyde em Glasgow (Escócia).

O composto, conhecido como galato de epigalocatequina, mostrou ter propriedades de prevenir o câncer, mas falhou em atingir os tumores quando administrado por via intravenosa.

No entanto, em testes laboratoriais iniciais das Universidades de Strathclyde e Glasgow, os investigadores utilizaram uma abordagem que permitiu entreguar o tratamento especificamente aos tumores, após a administração intravenosa. Quase dois terços dos tumores ou encolheram ou desapareceram dentro de um mês e o tratamento não apresentava sinais de efeitos colaterais para os tecidos normais.

Acredita-se  ser a primeira vez que este tipo de tratamento foi capaz de fazer tumores cancerígenos encolher ou desaparecer.

Nos testes, em dois tipos diferentes de câncer da pele, 40% de ambos os tipos de tumor desapareceu, enquanto que 30% de um e 20% de um outro encolheram. Além disso, cerca de 10% de cada tipo teve o crescimento estabilizado.

Os pesquisadores encapsularam o extracto de chá verde em vesículas que também carregam a transferrina, uma proteína plasmática que transporta o ferro através do sangue. Os receptores de transferrina são encontrados em grandes quantidades em muitos canceres.

A Dra. Christine Dufès, conferencista sênior do Instituto Strathclyde de Farmácia e Ciências Biomédicas, liderou a pesquisa. Ela disse: “São resultados muito encorajadores, que esperamos que venham  abrir caminho para  tratamentos novos e eficazes para o câncer.”

“Quando utilizamos o nosso método, o extracto de chá verde reduziu o tamanho da maioria dos tumores a cada dia e, em alguns casos, causou a remoção completa deles. Em contraste, o extrato não teve nenhum efeito quando foi administrado por outros meios, pois estes tumores continuaram a crescer.

“Esta pesquisa pode abrir portas para novos tratamentos para o que ainda é uma das doenças que mais mata em muitos países.”

A pesquisa foi publicada na revista Nanomedicina.

Fonte: Eurekalert.org
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