[FAC-SÍMILE DO ORIGINAL]
Onde tudo começa
No senso estrito da palavra, a medicina existe por causa dos medicamentos (também chamados de drogas e fármacos). A história do uso de medicamentos para curar as enfermidades remonta à antiguidade. A principal fonte dos medicamentos sempre foi a natureza. Através de chás, infusões ou outros processos, se retirava o principio ativo das plantas para administrá-los nas pessoas doentes. Com o avanço técnico e científico aprendemos a isolar estes princípios das plantas e colocá-los em comprimidos ou mesmo melhorá-los em laboratório, para que ficassem mais potentes e mais específicos para cada doença. A aspirina, p. ex., foi sintetizada a partir do ácido salicílico que é retirado das cascas de uma árvore chamada salgueiro branco (Salix alba). O analgésico mais potente conhecido, a morfina, é retirado de uma flor chamada papoula.
Testes em animais
Mas não são só as plantas que fornecem medicamentos. As estatinas, um dos medicamentos mais prescritos atualmente para tratar colesterol elevado, foi inicialmente isolado de um cogumelo. Os antibióticos por exemplo são na maior parte dos casos, produzidos por fungos. Isto mesmo, bolor. Antes da descoberta da penicilina, as infecções só podiam ser tratadas com sulfas e alguns antissépticos (iodo, genciana, compostos de mercúrio, etc.). O arsênico, usado como veneno para matar ratos, era também usado para tratar a sífilis. Ou seja, se o paciente não morresse envenenado, talvez ele se curasse da sífilis …. tempos difíceis para médicos e pacientes.
Vem do cogumelo
Sejam de origem natural ou sintetizada em laboratório, as novas drogas precisam ser testadas em animais antes de serem usadas em humanos, para assegurar que sejam menos tóxicas e mais específicas para tratar determinadas doenças. Atualmente, é impossível pensar em desenvolver novos medicamentos sem a ajuda dos animais. Em alguns casos precisamos dos animais até mesmo para produzir os medicamentos. Como é o caso das vacinas e soros. Os anticorpos (ou soros) não existiriam sem a ajuda dos cavalos. Anticorpos são importantes para tratar envenenamentos por toxinas de cobras, lagartas de fogo, tétano, raiva, e até alguns tipos de câncer.

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As diferenças
Muita gente ainda tem dúvidas se podem ou não trocar sua marca de remédio de confiança por um genérico ou similar. Afinal, qual é a diferença entre eles? Em primeiro lugar, o nome genérico de um medicamento, não é a mesma coisa que medicamento Genérico. Por lei, todo medicamento deve trazer em sua embalagem, de forma bem visível, o nome genérico da droga que faz o remédio funcionar. Por exemplo, no medicamento de referencia Voltaren®, o nome diclofenaco de sódio aparece logo abaixo. Este é o nome genérico da droga. Isto facilita muito a vida do consumidor, que pode, por comparação, saber que outros remédios mais baratos na farmácia também contém o diclofenaco e, portanto, devem funcionar igual ao primo mais famoso. Um medicamento de referencia gasta muitos anos de pesquisa e testes obrigatórios em animais para chegar a ser utilizado com segurança em pessoas. Por isso quando chegam às farmácias eles geralmente custam caro e é protegido por patentes.
O similares
Os similares contém a mesma droga, nas mesmas doses que o medicamento de referência original. Eles também devem ter um nome fantasia (P.ex. Flanaren®), mas devem trazer o nome genérico da droga principal logo abaixo desse nome, que nesse exemplo é o diclofenaco de sódio. Porém, os critérios para se aceitar o registro de um medicamento similar, admite que estes possam ter certa variação na quantidade real da droga ativa que contém.
Os genéricos
Agora, para ganhar o status de Genérico, o medicamento precisa passar por análise mais rigorosa em laboratórios especialmente credenciados para esse fim, e por isso, eles podem substituir o medicamento de referência nas mesmas indicações médicas. Como esta certificação custa dinheiro, os genéricos são um pouco mais caros que os similares, mas ainda mais baratos que os de referencia. Os medicamentos genéricos são bem mais fáceis de identificar. Eles vem com um G grande e a lei dos genéricos estampados. Os Genéricos não tem nome fantasia, apenas o nome genérico da droga.
Atenção!
Agora que você sabe disso tudo, sempre peça ao seu médico que ele indique o nome genérico do medicamento que ele estiver receitando, assim você vai poder pesquisar o melhor preço e qualidade.


O que tira a dor
Analgésicos são medicamentos com o objetivo único de tirar a dor, ex. morfina, codeína. São usados principalmente em ambiente hospitalar, pois podem causar dependência forte. Essas drogas sempre tiram a dor, até mesmo a dor natural. Isto é, se dermos um beliscão em alguém que tomou morfina, ele sentirá menos dor do que se estivesse sem o medicamento.
O poder dos anti-inflamatórios
Anti-inflamatórios são drogas utilizadas para reduzir o inchaço, vermelhidão e dor, que aparecem geralmente quando temos um órgão inflamado. Na inflamação da garganta, p.ex., o inchaço não é visto mas pode ser percebido pela alteração da voz, que fica mais grave. A vermelhidão pode ser vista com o auxílio de uma espátula (aquele palitão de sorvete que os médicos usam). A dor, é claro, é sempre o que denuncia a inflamação da garganta. Para esses casos, normalmente utilizamos os anti-inflamatórios do tipo da aspirina. A aspirina e seus parentes (diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno, etc.), geralmente são chamados de analgésicos e anti-inflamatórios, mas não são analgésicos verdadeiros. P. ex., elas não modificam a dor de um beliscão, apenas tornam normal uma região que estava mais sensível por causa da inflamação. Também podem tirar alguns tipos de dor de cabeça ou dor de dente, por que muitas vezes estes casos são causados por inflamação também.
Antibióticos
Já os antibióticos não tratam inflamação nem dor, pelo menos não diretamente. São drogas com o objetivo específico de impedir o crescimento de bactérias em nosso organismo. Existem muitos tipos diferentes, pois existem muitos tipos de bactérias diferentes. Geralmente quando temos uma inflamação de garganta, ela é devido à infecção por bactérias. Por isso, além de tomarmos anti-inflamatórios, precisamos às vezes tomar antibióticos para conter a infecção.
Cuidados:
- O uso sem conhecimento de qualquer droga é perigoso, pois qualquer medicamento pode fazer mal ao organismo. Os anti-inflamatórios se tomados indiscriminadamente podem causar irritações gástricas, úlceras e problemas nos rins.
- Os analgésicos do tipo da morfina, são bem mais perigosos. Causam dependência e em doses elevadas matam por parada respiratória, por isso não se consegue comprá-los facilmente em farmácias.
- Os antibióticos, não devem ser tomados sem controle médico, pois se tomamos o antibiótico errado ajudamos o germe causador da doença a ficar mais forte. Assim, ficará mais difícil curar a infecção, o que é muito grave também.
