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Medicamentos “baseados” na maconha
A maconha é uma planta conhecida da humanidade há muitos séculos por seus efeitos farmacológicos. Estes efeitos vão desde os físicos, como olhos avermelhados, boca seca e taquicardia, até os psíquicos, como calma e relaxamento, redução do cansaço e vontade de rir. Para outras pessoas, porém, os efeitos podem ser desagradáveis, como: angustia, ansiedade e pânico. Em qualquer pessoa ocorre perturbação da percepção de tempo e espaço (alguns minutos parecem horas ou uma distancia real de 10 metros pode parecer 50 metros), e o comprometimento da memória de curto prazo. Grande quantidade da droga provoca delírios e alucinações e, da mesma forma que para o álcool, pessoas sob o efeito da maconha não deveriam dirigir!
Capacidade de viciar
Como qualquer droga que se use abusivamente, a maconha pode causar muitos males, e estes são agravados pela alta capacidade de viciar que esta planta possui. A longo prazo, vão aparecer problemas respiratórios, bronquites e até câncer do pulmão. A maconha reduz a quantidade de testosterona, hormônio masculino, levando a esterilidade. Redução da capacidade de aprendizagem e memorização, além de induzir um estado amotivacional (não sentir vontade de fazer mais nada, pois tudo perde a graça e importância). A maconha pode induzir o aparecimento de uma doença psíquica que a pessoa já tinha, mas que ainda não havia manifestado.
Tratamento
A maconha pode ter importante emprego médico também. Em alguns países ela é fumada para tratar a dor do câncer e os vômitos provocados pela quimioterapia. Além disso, o canabidiol e o THC extraídos dessa planta, são comercializados na Inglaterra, Espanha e Canadá para o controle da dor causada pela esclerose múltipla.

O Departamento de Farmacologia tem projeção nacional e internacional, além de papel destacado no CCB e na UFSC nas vertentes de ensino, pesquisa e extensão. Na Graduação, são ministradas aulas para cerca de 6 Cursos da UFSC envolvendo cerca de 600 alunos por ano, e fomos pioneiros na UFSC, desde 1996, no uso da informática para a substituição dos animais em aulas práticas. Além disso, as atividades de pesquisa sempre receberam atenção especial. Em 1991 foi criado o Programa de Mestrado em Farmacologia e, em 1997, o de Doutorado. Na Extensão, vários docentes do Departamento participam de atividades que vão desde Comitês em agências governamentais até atendimento em clínicas médicas abertas à comunidade, cursos de ensino de ciência para alunos e professores do ensino médio da rede pública, e divulgação de farmacologia para o público leigo em jornal popular.
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Será que os chás funcionam mesmo?
A maioria da pessoas acham que tomar chás caseiros ou os fitoterápicos de farmácia não fazem mal a saúde. Isso pode levar a muitos problemas. A medicina popular reúne uma série de plantas que são utilizadas para tratar desde dor de barriga até o câncer. Para muitos problemas, os chás caseiros funcionam mesmo, mas não se engane, como qualquer medicamento, se um chá é poderoso o suficiente para produzir um efeito no corpo, então ele pode fazer mal também. Nas plantas existem muitas substâncias que podem ser úteis, mas nos mais inocentes chás também tem muitas substâncias tóxicas.
Precisa-se de mais estudos
Existem muitos estudos científicos verificando a eficácia das plantas no tratamentos de várias doenças, mas a grande maioria destes estudos ainda são em animais de laboratório e não se pode dizer que vão funcionar no mesmo jeito em humanos. Os chás e fitoterápicos ainda precisam de estudos em humanos que comprovem sua eficácia e a dosagem correta para se utilizar. Infelizmente, os fitoterápicos não precisam passar pelos mesmo testes que os medicamentos para serem aprovados para venda.
Não misture com outro medicamento
Não é seguro acreditar que plantas ou cogumelos vão resolver problemas como o câncer, AIDS ou o diabetes, por exemplo. Confiar nesses tratamentos populares pode levar as pessoas a procurarem os médicos tarde demais. Não é seguro juntar chás e plantas com o tratamento médico convencional, podem ocorrer interações tóxicas ou substâncias da planta podem cortar o efeito do medicamento correto. Só use um fitoterápico se for receitado pelo médico.
