A boa e velha aspirina

26/04/2012 13:19

[FAC-SÍMILE DO ORIGINAL]

[Da árvore para o comprimido.]

Apesar de escritos do médico grego Hipócrates (século V a.C) já comentarem os efeitos analgésicos e antifebril das cascas do salgueiro branco (Salix alba), o mundo moderno só começou a utilizá-lo na medicina depois que o pastor britânico Edmund Stone em 1763 descreveu de forma científica suas propriedades na febre. A aspirina foi sintetizada em 1899, a partir do ácido salicílico que é retirado das cascas desta árvore. Apesar de ter mais de 100 anos, é impressionante como nas últimas décadas ainda se descubram novos usos para este fármaco.

[Bom para o coração e câncer]

Muitas pessoas já tomam pequenas doses diárias de aspirina para prevenir problemas cardiovasculares como trombose, derrame e aterosclerose. Agora, em um estudo que tinha como objetivo comparar pacientes que tomavam aspirina para prevenir doenças cardíacas com aqueles que não tomavam, pesquisadores britânicos verificaram que a droga reduziu em 25% os casos de câncer nesses pacientes no período de 3 anos e o risco de morte por câncer em 15% num período de cinco anos. Se os pacientes consumiam aspirina por mais tempo, as mortes relacionadas a câncer caíam ainda mais – 37% após cinco anos. Doses baixas de aspirina também pareceram reduzir a probabilidade do câncer, principalmente no intestino, se espalhar para outras partes do corpo (metástase) em até 50% em alguns casos.

[Hemorragias]

Porém, deve-se tomar cuidado, pois este medicamento continua sendo responsável por causar sangramentos estomacais e problemas nos rins, se não for usado corretamente. Por isso deve-se consultar os médicos para saber se você pode tomar a aspirina diariamente e em que doses.