Uso de medicamento antipsicótico durante a gravidez prejudica os bebês

05/06/2014 21:06

Bebês em risco

Estudo australiano publicado no jornal científico Plos One, revela que o uso de antipsicóticos durante a gravidez aumentou para 43% a proporção de bebês necessitando de cuidados especiais ao nascimento — quase três vezes mais que a média nacional na Austrália. Esse estudo mostrou que os antipsicóticos causaram 18% de nascimentos prematuros, 37% bebês com sofrimento respiratório e 15% com sintomas de dependência ao medicamento. A maioria dos bebês nasceu saudável, mas a alta incidência de problemas ao nascer é preocupante.

Preocupação para mães

Antipsicóticos são drogas normalmente utilizadas para tratar vários tipos de problemas psiquiátricos, incluindo a esquizofrenia, depressão e desordem bipolar. Cerca de 20% das mulheres australianas podem passar por depressão ao longo de sua vida, contra apenas 10% dos homens. Na Austrália, 25% das mulheres passam por depressão pós-parto e 20% apresentam sintomas severos de depressão na menopausa. As desordens de ansiedade são muito mais comuns em mulheres do que em homens, enquanto a proporção de ocorrência de esquizofrenia e desordem bipolar são equivalentes em ambos os sexos e estão em torno de 2-3%.

Prós e contras

Os riscos de tomar um antipsicótico durante a gravidez tem de ser pesado contra o perigo da doença psiquiátrica ficar sem tratamento. A boa notícia é que não há nenhuma evidência de que estas drogas produzam deformidades nos bebês. Porém, os médicos devem se preocupar principalmente com o sofrimento respiratório. Assim é importante que estes bebês tenham à disposição uma unidade de terapia intensiva.

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